Isabel Leal Caruso coleciona aventuras com o esporte
- Pablo Mingoti
- 19 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
Judô, jiu-jitsu, triathlon, squash, corrida de aventura, surf, viagens e livros fazem parte da trajetória dessa atleta

Pode-se dizer que a história de Isabel Leal Caruso com o esporte iniciou quando ela tinha 9 anos ao ingressar em uma aula de judô por incentivo do irmão, em Curitiba. A partir daí ela começou a participar de campeonatos regionais, estaduais e até um brasileiro. E a paixão dela por esportes só aumentou até que ingressou na faculdade de Educação Física, época que deixou os tatames e migrou para o triathlon, competindo em provas estaduais da Federação de Triathlon de Santa Catarina (FETRISC).
Quando terminou o curso de educação física, em 2004, decidiu se aventurar e partiu rumo à Austrália, local onde resolveu morar por um tempo. Foi procurando por trabalho na cidade de Brisbane que um outro esporte, o jiu-jitsu entrou para a sua vida. "Um amigo brasileiro me levou numa academia onde treinava capoeira, e quando entrei acabei esquecendo do que estava fazendo ali, pois vi um kimono jogado numa banqueta e uma área de tatame invejável. Aí perguntei: "O que eles treinam aqui?" E era Jiu-jitsu. No dia seguinte eu estava lá, sem entender duas vírgulas do idioma falado, mas aquele ali do tatame eu entendia muito bem", lembra.

Isabel percebeu algumas semelhanças do judô com o jiu-jitsu, começou a praticar e em duas semanas já era campeã do estado de Queensland e alguns meses se tornou campeã nacional Australiana. A paixão por esse esporte foi tão forte que ao retornar ao Brasil e continuou treinando.
E o jiu-jitsu trouxe mais conquistas para a atleta. Em todos os campeonatos que competiu, foi campeã, catarinenses, paulistas, sul-brasileiros e sul-americanos. Em 2006, lutou o mundial e obteve o 3° lugar e, em 2009, foi vice campeã do campeonato Europeu. "Foi uma época que dava aula como personal pela manhã e parte da tarde e treinava todos os dias ao meio dia e à noite. Não havia desculpas, todos os dia estava no tatame", conta.
Em 2012, após o nascimento da filha, a rotina de competição diminuiu um pouco, mas encontrava tempo para praticar squash com Rafael Alarcon e a Thaisa Serafini, na época ambos campeões do ranking nacional do esporte. Com o passar do tempo, foi tentando retornar ao tatame, mas Isabel já tinha encontrado um outro esporte, as corridas de aventura.

"As corridas de aventura exigem, além do físico, toda uma estratégia de ação e conhecimento de navegação por mapas. O que me encantou foi esse novo desafio de imprevistos, pois essa corrida junta trilha, bike, canoagem, rapel e orientação. E era esse desafio, do "não se ter certeza do que vamos encontrar pela frente" que me motivava, explica.

Em 2014, a atleta competiu o circuito catarinense e paulista. Em 2016, o segundo filho nasceu e ela resolveu se mudar de vez para Florianópolis onde começou a dar aula em um estúdio de Treinamento Funcional de um amigo, que um ano e meio depois, veio a se tornar a PULSE Funcional e Práticas Corporais.

"Hoje meu grande desafio diário, é administrar o estúdio, minha casa, os dois pequenos e um eventual treininho aqui e ali de algum esporte. É mesmo uma corrida de malabarista", destaca. E hoje, ela já tem uma outra paixão, o surf que continua a proporcionar a sensação de desafio e a proximidade com a natureza.
Lançamento de livros

Durante todas essas aventuras, em 2015, Isabel também fez uma viagem de bicicleta pelo litoral sul francês e resolveu compartilhar em um livro toda a jornada, o "De bike, o sul da França é outra história" em que ela narra a rotina de pedal, histórias e dicas de como viajar em duas rodas. "A ideia de escrever um livro veio do povo que acompanhava minhas postagens no Facebook, mas eu me empolguei mesmo quando dois casais de amigos fizeram a viagem por causa da minha história. Aí pensei: mais gente vai curtir essas informações", relembra.

E em 2019, Isabel convidou o irmão para ir ao Atacama e as paisagens e histórias a incentivou a lançar o livro "Atacama, o deserto em cartas e fotografia", um livro onde reuniu fotos de viajantes e cicloviajantes do Brasil e do Chile, além de cartas do pai quando mochilava pela região há 50 anos atrás.
"O esporte é o que me faz feliz, possibilita fazer amigos, me sentir viva e realizar viagens, é o que me anima em trabalhar duro. É gratificante ter meus pais e irmão apoiando em tudo quanto é plano que decido fazer, além de ser um exemplo para os meus pequenos seguirem", conclui.
Saiba Mais
Se você quiser acompanhar mais Isabel, veja o Instagram dela aqui. O local em que Isabel oferece aulas, a Pulse Funcional, tem um site.
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