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O dom do hipismo

  • Foto do escritor: Pablo Mingoti
    Pablo Mingoti
  • 18 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Mariana Paladini revela que o esporte requer muito mais prática que qualquer modalidade, pois é preciso saber lidar com animais

Nutricionista esportivo - Florianópolis
Foto: Gabriela Lutz

Quem vê Mariana Paladini praticando hipismo e conquistando diversos títulos, não imagina o cuidado que é preciso ter com os cavalos. Nesse esporte, é possível perceber que esses animais vão muito além de um companheiro para competições, mas também para a vida.


Desde os 9 anos, Mariana vive a rotina de montar cavalos para praticar saltos em competições e ela revela que os animais possuem uma alimentação equilibrada, cuidados para evitar lesões como fisioterapia à laser e gelo nas patas. "Brincamos que eles são mais bem cuidados que a gente. E é verdade.", conta.


Antes de tudo, é preciso compreender que o hipismo é a arte de montar cavalos que engloba a equitação, o salto, o adestramento (essas modalidades olímpicas), o enduro, volteio, entre outros. Mariana treina e compete na modalidade de saltos na categoria de 22 anos para cima e com uma altura dos obstáculos de 1m30.


Braian Cordeiro - Nutricionista
Foto: Gabriela Lutz

Mariana treina 5x durante a semana para estar preparada para as provas que funcionam da seguinte maneira: ganha quem fizer o percurso em menos tempo e com menor número de penalizações. Para essa jovem atleta, o hipismo é um esporte único: "Ele traz muita emoção, foco, trabalho, nos ensina e obriga a ter paciência, já que trabalhamos com outro ser vivo que não sabe falar, então temos que entender seu comportamento e movimentos".


O Esportes Floripa conversou com Mariana sobre as experiências no esporte e a entrevista você confere abaixo:


Conte como e quando que você iniciou no hipismo?

Comecei com 9 anos de idade, então pratico há quase 14 anos. Sempre gostei muito de animais, principalmente cavalos, então uma amiga do meu pai que também monta, deu a ideia dele me levar na hípica para fazer uma aula. Nunca parei desde então. 

Você já participou de várias provas de hipismo. Há alguma que foi inesquecível?

Sim. Por coincidência foi mês passado, em Curitiba. Conquistei, juntamente com duas integrantes da minha equipe de Santa Catarina, o titulo de campeã brasileira por equipes. Foi muito emocionante, pois trabalhamos muito pra isso. 

Quais são as categorias de competições que você participa?

Eu participo das categorias de quem tem 22 anos para cima, na altura de 1m30. As competições contemplam alturas que vão desde vara no chão até 1m60 e dentro delas tem as categorias divididas por idade. 

Fale um pouco sobre como que são os treinos para a prática.

Os treinos ocorrem 5x por semana, sendo que apenas um ou dois dias são treinos de salto, pois cuidamos para não exigir demais dos cavalos. Trabalhamos bastante a condução, o equilíbrio, a força e o ritmo do cavalo. 




Esse é um esporte que deve ter um preparo muito maior que outras modalidades, pois você lida com animais. Conte quais são os cuidados que você deve ter com o cavalo.

O cavalo é o mais importante, ele primeiro sempre. Então cuidamos muito para que não desenvolva lesões. Para isso, cuidamos da alimentação e suplementos, rotina de trabalho, fazemos gelo nas patas, que é um importante anti-inflamatório, depois do cavalo saltar. Também tem o gel de massagem, fisioterapia com laser, além de sempre ficar de olho nas ferraduras e ter um veterinário acompanhando semanalmente. Brincamos que eles são mais bem cuidados que a gente. E é verdade. 



Fale um pouco dos seus cavalos (se tem nomes, se já teve mais de um, o que eles significam para você...)

Já tive 4 cavalos durante esses anos. Dois estão aposentados, ou seja, estão em uma fazenda aproveitando a vida, sendo que uma (é uma égua espetacular de uma linhagem muito boa chamada Take Away), estamos tentando emprenhar para conseguir um potro e desenvolvê-lo no esporte. Atualmente eu estou com o Trumpf Des Lys, ou Repolho, que é como o apelidamos. Ele é importado da França e tem 12 anos. Todos os cavalos que tive me ensinaram muito e foram muito importantes para o meu desenvolvimento, sou muito grata a eles. 

O que você mais gosta no hipismo e o que ele significa para você? 

Amo a relação que temos que ter com os nossos cavalos. Quando a relação é muito boa, ela reflete no rendimento do conjunto e é muito legal de se ver. Esse esporte significa construir relações sinceras, tanto com o cavalo quanto com a equipe que está envolvida no desenvolvimento do conjunto (cavalo e cavaleiro). Ele traz muita emoção, foco, trabalho, nos ensina e obriga a ter paciência, já que trabalhamos com outro ser vivo que não sabe falar, então temos que entender seu comportamento e movimentos. É um esporte único. 



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Se você quiser acompanhar Mariana Paladini, é só seguir o Instagram aqui. Quer saber mais sobre o local em que a atleta treina, veja o site da Sociedade Hípica Catarinense. A maioria das fotos dessa postagem foram tiradas por Gabriela Lutz.

 
 
 

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Quem escreve 

Pablo Mingoti é jornalista formado pela Universidade Federal de Santa Catarina e grande admirador da vida ao ar livre. A ideia de criar o Esportes Floripa surgiu para dar visibilidade aos esportes típicos praticados em Florianópolis e que muitas vezes não são pautados na mídia tradicional. 

 

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